Estilos e preferências de aprendizagem
Neste texto apresentamos os estilos e preferências de aprendizagem, de tal maneira a entender como os alunos aprendem de forma diferente e consequentemente como temos que atender a todos, com um estilo de aula mais abrangente.
Estilos de Aprendizagem
Guillon (1994) apresenta a modalidade como categoria de estilos de aprendizagem, a qual se refere às formas pelas quais um sujeito consegue receber e entender com mais facilidade uma dada informação. Tais modalidades são divididas em:
- Visual – o melhor canal de recepção nesse caso é o visual, pois para esse indivíduo é muito mais fácil receber e lembrar tudo aquilo que viu do que ouviu. Normalmente são pessoas que falam rápido, observam detalhes ao seu redor e dificilmente se distraem com barulhos e sons.
- Auditiva – diferente do caso anterior, o indivíduo possui a audição como o melhor canal para recepção e aprendizagem. Como características de alguns indivíduos nessa modalidade, podemos exemplificar que são pessoas que distraem-se facilmente com barulho, preferem ler em voz alta, apreciam mais uma música do que as artes plástica etc.
- Cinestésica – recebem e aprendem melhor com situações que se referem ao “sentir”, ou seja, preferem o toque, o movimento, o cheiro e aprendem melhor fazendo. Como características desse sujeito podemos exemplificar que normalmente falam lenta e pausadamente e utilizam muitos gestos enquanto falam.
Veja mais referências assistindo ao vídeo do Prof. Nilbo.
os estilos de aprendizagem não são permanentes
Importante frisar que os estilos de aprendizagem podem variar com o tempo e não devem ser considerados como características estáticas de um sujeito. Quando o professor toma consciência desses diferentes estilos, tem possibilidades de promover estratégias de aprendizagens orientadas por esses parâmetros, tentando melhor atender a essa diversidade de como cada um recebe e processa as informações, trabalhando-as para o desenvolvimento da aprendizagem.
Podemos entender que se o professor descobrir o sistema representativo de seus alunos, o seu canal sensorial e os estilos de aprendizagem, torna- se mais fácil entrar em sintonia com eles e criar condições mais favoráveis para a aprendizagem.
Preferências de aprendizagem
Na tentativa de ultrapassar a visão cognitivista, a qual entende o estilo individual como algo fixo e definido nos primeiros anos de vida, Valente e Cavellucci (2007) apóiam-se no modelo organizador (MORENO et al., 2000 apud VALENTE;CAVELLUCCI, 2007), que se refere à característica do indivíduo em construir (modelos organizadores) ao organizar e selecionar uma série de dados, que podem não considerar todos os elementos presentes na situação ou contexto, mas sim aqueles aos quais o sujeito atribui significados.
Para Valente e Cavellucci (2007):
“Juntando as idéias de estilos de aprendizagem e de modelos organizadores, podemos pensar que as pessoas têm um conjunto de preferências que determinam uma abordagem individual para aprender, o qual denominamos preferências de aprendizagem.” (p. 197)
É importante destacar nesta concepção a questão da não- determinação e fixação de uma preferência ao longo de toda a vida de um sujeito, já que este tende a adquirir habilidades e desenvolver estratégias quando lidar com as diferentes e novas situações de aprendizagem.
Outros aspectos a serem considerados nas preferências de aprendizagem
Como o sujeito não é passivo e, portanto, atribui significado, há de se imaginar que as preferências levem em conta também os aspectos subjetivos, tais como a emoção, valores, crenças etc.
Tanto em sala de aula presencial quanto na EaD é importante que o professor tenha conhecimento de suas próprias preferências de aprendizagem, já que é bem possível que ele as tome como referência para o encaminhamento da aula e dos materiais disponibilizados aos alunos.
O conhecimento de suas próprias preferências fará com que o professor possa diversificar suas aulas (formas e materiais) de tal maneira a atender às preferências de todos e também ajudar seus alunos a se conhecerem, verificando como cada um registra e recupera informações, bem como articula e cria conhecimento.
Trata-se, portanto de uma espiral crescente do conhecimento (VALENTE, 2002) que inicia com o professor (que começa reconhecendo suas próprias preferências) para poder ajudar aos alunos também nesse reconhecimento pessoal.
Prof. Dr. Nilbo Nogueira
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Bibliografia sobre estilos e preferências de aprendizagem:
CAVELUCCI, L. C. B. Vivenciando e refletindo sobre preferências de aprendizagem. Disponível em: <http://www.iar.unicamp.br/disciplinas/am540_2003/lia/artigo_lia.pdf> Acesso em 08 de janeiro de 2008.
CAVELUCCI, L. C. B. Estilos de aprendizagem: em busca das diferenças individuais. Disponível em: <http://www.iar.unicamp.br/disciplinas/am540_2003/lia/artigo_lia/estilos_de_apren dizagem.pdf> Acesso em 08 de janeiro de 2008.
GUILLON, A.B.B.; MIRSHAWKA, V. Reeducação: Qualidade Produtiva e Criativa – caminho para escola excelente do século XXI. São Paulo: Makron Book do Brasil Editora Ltda, 1994.
VALENTE, J. A. A espiral da aprendizagem e as tecnologias da informação e comunicação: repensando conceitos. In: JOLY, M.C. (ed.). A tecnologia do ensino: aplicações para aprendizagem. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
VALENTE, J.A.; CAVELLUCCI, L.C.B. Preferências de Aprendizagem: Aprendendo na Empresa e Criando oportunidades na Escola. In: VALENTE, J.A.; ALMEIDA, M.E.B. Formação de professores a distância e integração de mídias. São Paulo: Avercamp, 2007.